Literatura e História

Os Lusíadas – Luís Vaz de Camões

Os Lusíadas é uma importante obra da literatura portuguesa, publicada em 1572 sob autorização de D. Sebastião, a quem é dedicada. Escrita em linguagem poética, possui 10 cantos e 1102 estrofes, compostas em perfeita métrica, dotadas de inúmeras características ligadas ao período de transição entre o Medievo e a Modernidade.

A obra encontra-se englobada em um gênero literário recuperado da Antiguidade: a epopéia. Esta busca exaltar a nação a que se refere, através de uma longa narrativa, fato que, nos Lusíadas, tem a função de gerar uma identidade nacional, tendo em vista a necessidade desta mediante o nascimento do Estado Nacional português. Para isso Camões irá enaltecer grandes nomes portugueses, difundindo-os como heróis, ao mesmo tempo em que aplica pequenas dosagens de valores morais e éticos que a gente portuguesa precisa ter. tudo isso ao relatar um dos maiores feitos portugueses: a descoberta de novas rotas a Índia, por Vasco da Gama, através do contorno do périplo africano.

Tal viagem representou para Portugal uma salvação econômica, tendo em vista o bloqueio turco sob o Mediterrâneo, impedindo a obtenção das especiarias (pimenta, cravo, ervas, etc), principais produtos da economia portuguesa. Com a descoberta das novas rotas foram gerados lucros outrora nunca vistos, proporcionando um alavancamento econômico a pátria lusitana, além de marcar um período de desenvolvimento cientifico e do apogeu do homem através do humanismo, movimento este que é bem notado nas entrelinhas da obra.

Nota-se assim o quanto Camões está ligado ao seu tempo, ligado intimamente as transformações históricas ocorridas. Dessa maneira é importante desmisticizar o autor, passando a velo como homem que está sujeito ao tempo. Com isso percebe-se que Os Lusíadas não é apenas uma obra literária, mas uma fonte histórica para entender a mentalidade do homem português, claro que, visto somente através de um olhar rebuscado e de um método apropriado.

Encontre o seu livro e embarque nessa viagem rumo a Índia na métrica das palavras de Camões!

Dedico este texto a Monara, Andrielly, Jeymersson e Rayssa,por terem tornado capaz essa pesquisa.

Jandson Zé